A Reunião Científica Multidisciplinar do HMR ocorrida nesta quarta-feira (20), voltada para os estudantes, residentes e doutorandos da unidade, trouxe a médica ginecologista Amanda Truta para uma conversa sobre "Síndrome Geniturinária na Menopausa".
Realizada no auditório Luiz Carlos Santos, a aula abordou alguns sinais da síndrome, que afeta a qualidade de vida de 22% das pacientes, podendo chegar até a 57% das mulheres que estão na pós-menopausa. Em seu conceito, a síndrome geniturinária da menopausa é o conjunto de sinais e sintomas decorrentes das alterações relacionadas à baixa de estrogênio, por falência ovariana, no climatério.
A SGM promove alterações morfológicas e secretoras da uretra, bexiga, vulva e vagina, redução da vascularização e fluxo sanguíneo e, consequentemente, alterações em sua lubrificação, perda da elasticidade da mucosa, assim como adelgaçamento e friabilidade do epitélio vaginal, atingindo diretamente a parede vesical, devido à sua íntima relação anatômica com a vagina. Todos esses sinais locais contribuem para os sintomas da síndrome geniturinária, dentre eles ardência, ressecamento vaginal, coceira, dor na relação sexual, dor ao urinar e infecções urinárias recorrentes.
Segundo Amanda Truta, as mulheres com a síndrome acabam desenvolvendo até depressão por não conseguirem ter um bem-estar. "Já tive pacientes que estavam com o quadro depressivo causado pela SGM porque ele afeta tudo. Quando começaram o procedimento e percebendo o avanço no tratamento, melhorou a qualidade de vida deles e, consequentemente, a depressão", destacou a médica.
Ao final do encontro, após as dúvidas dos presentes serem respondidas, Cleytoon Davyd, médico do ambulatório de ginecologia do HMR, elogiou a palestrante: “Eu acho que foi excelente abordar esse tema, e sinta-se convidada para trazer muito mais temas como esse. Muito obrigado, Amanda".
Unidade da Prefeitura do Recife, o Hospital da Mulher está sob administração do HCP Gestão, organização social de saúde do Hospital de Câncer de Pernambuco.